Cá em casa todos adoram chocolate e, claro, bolos de chocolate! E este bolo, além de ter toda a intensidade do chocolate, tem um toque crocante no exterior, e uma espécie de mousse cremosa no interior… recomenda-se que seja consumido ainda morno com chantilly caseiro ou gelado de baunilha! E assim temos mais uma receita perfeita para enfrentar o Inverno rigoroso que se avizinha…
É impressionante a quantidade de receitas que são possíveis de fazer com ovos… se pensarmos bem é possível estarem presentes em todo o tipo de receitas, em todas as categorias e refeições do dia! Desde entradas, pratos principais a sobremesas, acompanham na perfeição carnes, peixes e afins, comem-se de manhã, ao pequeno-almoço, ao almoço, lanche e jantar… enfim, muitas opções!
Ter ovos sempre no frigorífico é uma certeza de que, mesmo que o tempo escasseie, é sempre possível preparar uma refeição simples, rápida e deliciosa… e se for uma tortilha melhor ainda! Isto porque permite “eliminar” os restos no frigorífico, dar-lhes uma nova vida!
Há duas semanas recebemos um grande carregamento de cenouras cá em casa… foi necessário recorrer ao nosso repertório de receitas para evitar que as cenouras acabassem por se estragar. Uma boa quantidade foi devidamente preparada, cortada e congelada para ser usada mais tarde nas mais variadas receitas: sopas, purés de legumes, ratatouilles, bolos, etc. As restantes serviram de base à sopa para durante toda a semana, a arroz de legumes, a um Bolo de Cenoura e Chocolate para os lanches, e finalmente a uma novidade: uma torta de cenoura!
Eu adoro aquela tradicional torta de laranja… mas confesso que nunca tinha provado de cenoura, apesar de existir uma receita bem velhinha, em páginas amareladas do tempo, no livro de receitas da minha mãe… e estava encontrada a desculpa perfeita para mais uma sobremesa!
À receita original poucas alterações foram introduzidas. Reduzi a quantidade de açúcar por achar a original obscena, e adicionei-lhe o toque quente da canela. Estas alterações revelaram-se cruciais… a torta tem a dose certa de doçura e aquele toque, bem de leve, da canela, que nos aconchega a alma nestes dias frios de inverno que nos acompanham…
Extracto de baunilha é um dos ingredientes fundamentais cá em casa! É utilizado em inúmeras receitas e, quando dou por ela já consegui esvaziar mais um frasco num ápice… além de ser um produto processado, acaba por fica dispendioso, pelo que decidi pegar em algumas vagens de baunilha, comprar uma garrafa de vodka e tentar fazer o meu próprio extracto. Tenho utilizado este extracto em várias receitas que tenho partilhado convosco: Naked Cake de Chocolate e Caramelo, Bolo de Ananás Caramelizado, Naked Cake de Chocolate, Cereja e Framboesa, entre muitas outras!
O pior ao longo de todo o processo é a paciência… esperar pacientemente durante 3 meses que o extracto fique pronto foi um autêntico calvário para mim! Estava tão ansiosa por experimentar que, dia sim dia não, ia espreitar o frasco, ver a evolução da cor e do odor… e quando por fim o experimentei tudo valeu a pena! É evidente que devem começar a prepará-lo com bastante antecedência, mas vale cada minuto de espera!
À medida que se for consumindo podem ir adicionando mais vodka. E, se utilizarem as sementes de alguma vagem de baunilha, não inutilizem a vagem em si, coloquem-na na garrafa para terem um stock continuo. O extracto estará pronto a consumir ao fim de cerca de 3 meses, quando tiver um cheiro e sabor intenso a baunilha!
Todavia sempre que tiverem vagens de baunilha podem adicioná-las ao extracto, e ir acrescentando vodka à medida que forem precisando. Não deitem fora vagens a que retiraram as sementes! Coloquem-nas na garrafa do vosso extracto e aproveitem ao máximo as suas propriedades.
Todos os dias grandes quantidades de alimentos, que podiam ter sido consumidos, são desperdiçados. Estima-se que 1.300 milhões de toneladas de alimentos por ano sejam desperdiçados… esta quantidade de alimentos seria suficiente para alimentar 3.000 milhões de pessoas e, se vos disser que cerca de 42% desse desperdício verifica-se ao nível familiar, nas nossas próprias casas, mais chocantes se tornam estes dados…
Este é um problema demasiado sério para ser ignorado. Quer a nível dos recursos naturais, e da sua escassez, quer a nível humanitário… há pessoas a morrerem de fome um pouco por todo o mundo! No entanto 1.3000 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados por ano! São dados que dão que pensar… é necessário reverter estes dados, é urgente cada um de nós, nas suas casas, fazer a diferença, e lutar para que não haja desperdício.
Tudo pode ser aproveitado, a tudo podemos dar um destino melhor. A receita de hoje vem nesse sentido. Havia uma embalagem de massa folhada no frigorífico (com a validade expirada há dois ou três dias, em perfeitas condições de ser consumida portanto!), três pedaços de queijos diferentes, um pedaço de bacon (que sobrou de um cozido à portuguesa), e duas curgetes.
As tartes são a solução para tudo! Seja para refeições rápidas, seja para marmitas, seja para aproveitamentos. Junte a uma tarte caseira uma tigela de sopa, uma salada e tem uma refeição pronta, evitando-se assim o desperdício, fazendo assim a diferença…
Adoro fazer pão… é um processo quase terapêutico, exige tempo, paciência, amor e dedicação da nossa parte, e enaltece o meu ego… o cheiro à levedura, a massa elástica e macia… um processo incrível! Tenho pena do tempo ser escasso, caso contrário haveria todas as semanas pão caseiro cá em casa, quentinho, acabado de sair do forno!
Foi nesse sentido que aceitei o desafio deste mês, uma receita de pão doce! Para mim não há melhor pão doce em Portugal do que o Pão de Deus, quem nunca o provou nas feiras da terra, nos santos populares, em feiras e encontros gastronómicos? São deliciosos… e bem simples de fazer em casa, no conforto do lar. Assim sendo coloquei mãos à obra e eis uns deliciosos pãezinhos de Deus, com uma cobertura bem generosa de coco… simplesmente perfeitos!
Estes pãezinhos são deliciosos simples ou acompanhados de compota… pessoalmente eu gosto de os abrir ao meio, comer a parte de cima simples, e barrar a parte de baixo com compota… sim, sou bastante gulosa! Recomendo vivamente algumas receitas de compota que podem encontrar aqui no blogue, como a Compota de Figos ou a Compota de Frutos Vermelhos.
Não há aniversário sem bolo, nem aniversário sem reflexão… hoje o blogue faz 5 anos. Este simples facto é quase chocante para mim… como é possível o tempo ter passado tão depressa? Se o blogue faz cinco anos, então foi há cerca de seis anos que descobri que cozinhar era um dos maiores prazeres da vida, foi há seis anos que deixei de ser um desastre na cozinha, para descobrir o quão terapêutico cozinhar podia ser…
E ao longo destes 5 anos nunca pensei ter milhares de pessoas a seguirem-me, a acompanhar as minhas receitas, aventuras, experiências… este percurso trouxe-me tantas coisas boas: novos amigos, novas oportunidades, novas conquistas, que não seriam possíveis sem família por perto, amigos, e sem vocês, que vêem espreitar este cantinho diariamente. Por tudo isso, e muito, muito mais, o meu especial obrigada!
E, como disse inicialmente, não há aniversário sem bolo! Pelo menos não para mim, gulosa por natureza! O bolo tinha que ter chocolate claro, e caramelo (que eu adoro de paixão!) e belas camadas alternadas de bolo e creme, e uma cobertura de chocolate… como se todo o chocolate do mundo não fosse suficiente.
Diz o ditado que em equipa vencedora não se mexe… e eu não podia estar mais de acordo! Quando fiz este bolo pela primeira vez, em vez de ananás utilizei laranja (Bolo de Laranja Caramelizada), e ficou tão delicioso que na minha cabeça começaram logo a fervilhar outras variações para esta receita! Uma delas foi o ananás e devo dizer que resultou na perfeição… ananás caramelizado com baunilha, uma verdadeira delícia!
Felizmente nesta época do ano os figos maduros e sumarentos abundam… juntando o útil ao agradável, quando vi a receita de compota de figos da Joana Roque, soube que tinha de experimentar! A cor da compota era maravilhosa, dourada como o mel, e assim rendi-me à receita… adaptei à quantidade de figos que tinha, ao nosso gosto quanto ao teor de açúcar da mesma e mãos à obra!
O resultado? Uma compota deliciosa (com os melhores figos pingo de mel não podia ser de outra forma!), macia e de sabor intenso a figos, quase um mel… fantástica! Se tiverem bons figos maduros não hesitem a experimentar.
Com esta receita, com estas quantidades, conseguem fazer aproximadamente 2 litros de compota, que deve ficar igualmente deliciosa se, no fim, mesmo antes de colocarem a compota em frascos, lhe adicionarem nozes.
Nunca tinha experimentado cheesecake cozido, aquele bem tradicional americano, por diversos motivos: antes de mais era mais prático aquele que vai simplesmente ao frigorífico, depois era o problema do banho-Maria no forno, e por último, meti na cabeça, que iria saber muito a queijo!
Escusado será dizer que nenhum destes motivos é válido… isto porque a receita que vos trago hoje é tão (ou mais) prática do que o cheesecake sem forno, não precisa de banho-Maria e não sabe rigorosamente nada a queijo! Além disso é o melhor cheesecake que já comi até hoje! Por isso, aprendam com as minhas parvoíces, e não julgues antes de provares… podes estar simplesmente a privar-te daquela que será uma das tuas receitas (no caso sobremesa!) favoritas!